Falando principalmente de amor e relacionamento, a adaptação teatral da fábula tem uma visão moderna, mas não perde o teor original. Aborda também outros temas, como a solidão, a partilha, o respeito pela personalidade de cada um, respeito ao próximo, contestando também o verdadeiro valor do dinheiro e do amor.
Na peça, Dona Baratinha herda de sua tia Baratonilda, todos os bens que possui: fazenda, apartamento, vestidos e dinheiro na poupança.
Maquiada, com vestido novo e fita no cabelo vai ao programa de televisão “DOMINGÃO DO GALÃO” apresentado por Galão Silva, em busca de um marido.
Bichos de vários cantos do Brasil se candidatam; o burro vem do nordeste, o cachorro do Rio Grande do Sul, o bode de Minas Gerais, o gato do Rio de janeiro, o macaco de São Paulo, e ela escolhe o ratinho, que é gentil, de fino trato e silencioso. Mas o noivo foge com a cozinheira que preparou a feijoada que seria servida na festa. Depois que “caiu no choro”, a protagonista conclui que teve sorte, porque o rato gostava mais de feijoada do que dela.
Toda essa situação fantasiosa estimula a imaginação das crianças, pois animais personificados assumem os papéis sociais dos homens. Por detrás dessa ingênua fábula infantil existem nuances importantes da natureza e do comportamento humano.
O musical valoriza nosso folclore e nossa cultura tradicional, com canções regionais e com a descrição de uma receita tipicamente brasileira: a feijoada.