TEMPORADA OSUSP 2023 - "No universo da Cultura, o centro está em todo lugar"
CICLO " TEMPO - A DIVERSIDADE NAS LENTES DA MÚSICA DE CÂMARA"
"TEMPO DA DIVERSÃO"
Data: 24 de março de 2023 - sexta
Local: Anfiteatro Camargo Guarnieri (USP Butantã)
Entrada gratuita.
*** Estaremos arrecadando 1 kg de alimentos não perecíveis que serão distribuidos a comunidades do Butantã.
Horário: 12 h – 13 h
PROGRAMA:
W. A. MOZART – Divertimento em Fá Maior, K. 138
CARLOS GOMES – Burrico de Pau (da Sonata para Cordas)
BENJAMIN BRITTEN – Simple Symphony, Op. 4
CAMARGO GUARNIERI - Dança Brasileira
ARTHUR BARBOSA - Toada e Desafio
A OSUSP apresentará uma série de seis concertos de música de câmara inspirados na temática Tempo.
O conceito emerge do diálogo que se dá entre o monumento da Torre do Relógio, por ocasião de seu meio século de inauguração, completado este ano, com as diferentes áreas do conhecimento representadas em seus alto e baixo relevos, ali divididas entre realidade e fantasia (exatas e humanas).
Alguns aspectos de como o tempo relaciona-se com a música, de modo empírico e com toda a licença poética de que dispõem as artes, podem ser exemplificados.
Determinada obra, composta num passado recente ou distante, carrega consigo elementos de sua própria época, convertendo-se, dessa maneira, numa espécie de cápsula do tempo, capaz de retornar ao passado, enquanto se prova relevante no presente. Exibe ainda o potencial de conservar seu valor no futuro, características que, somadas às qualidades intrínsecas da peça, poderão lhe conferir o status de obra-prima.
Na escrita musical, o tempo determina o andamento/temperamento da obra ou a frequência/velocidade dos pulsos sonoros num determinado espaço de tempo.
Na experiência do músico com o tempo, em termos de performance, há que se estar 100% presente! O antes e o depois não importam.
Nesse primeiro concerto, dedicado ao naipe de cordas, a escolha do repertório foi inspirada por um aspecto subjetivo do tempo: tempo de diversão! Predomina a linguagem que apresenta nuances e singularidades próprias de cada autor e sua época, conservando, entretanto, o caráter leve, descompromissado e, claro, divertido.
Se ao final do concerto o respeitável público tiver a impressão de que a apresentação transcorreu num piscar de olhos e uma boa lembrança persistir, teremos feito nosso trabalho. Divirtam-se!
(por Alexandre Cunha)